terça-feira, 18 de setembro de 2007

Templo Interno


“À passos firmes,mas suaves, adentro este espaço sagrado.

Estou só. Um Silêncio contemplativo brota em minh’alma.

Fico o mais quieto possível. Agora começo a me perceber.

As batidas do coração mudam pouco a pouco de compasso.

Sinto o calor, o frio a percorrer minhas fibras.

Aos poucos os aromas de fazem presente.

Os mais diversos. Sinto o fervilhar da corrente sanguínea,

em fluxos de inspiração e expiração,subindo, descendo,

expandindo e retraindo.

O próprio movimento do Cosmos.

Sinto o Universo em mim. Sinto-me no Universo.

Sinto-me, agora, mais leve, como se

pequenos astros orbitassem dentro de mim, mudos,

quase imperceptíveis, em uma sinfonia de quietude cósmica.

Não há caos. Só o Silêncio.

Agora Sou Eu comigo.

Minha essência. Meu começo.

Sem amarras.Não sinto.

Não ouço. Pairo.

Fico assim, o que pareceu Infinitamente ...sem começo, nem fim.

Longe. Próximo. Mansidão.

Tudo faz sentido.

Não há questionamentos, apenas aceitação.

Se fosse traduzir, diria “liberdade”.

Respiro profundamente.Assumo o meu aqui e agora.

Volto.Estive comigo, o mais próximo que alguém pode chegar.

Estive só e, absolutamente pleno.

Sinto Gratidão.Abro os olhos.

Retomo o meu dia.”

(matéria para o Jornal Bem Estar)

Nenhum comentário: