“À passos firmes,mas suaves, adentro este espaço sagrado.
Estou só. Um Silêncio contemplativo brota em minh’alma.
Fico o mais quieto possível. Agora começo a me perceber.
As batidas do coração mudam pouco a pouco de compasso.
Sinto o calor, o frio a percorrer minhas fibras.
Aos poucos os aromas de fazem presente.
Os mais diversos. Sinto o fervilhar da corrente sanguínea,
em fluxos de inspiração e expiração,subindo, descendo,
expandindo e retraindo.
O próprio movimento do Cosmos.
Sinto o Universo em mim. Sinto-me no Universo.
Sinto-me, agora, mais leve, como se
pequenos astros orbitassem dentro de mim, mudos,
quase imperceptíveis, em uma sinfonia de quietude cósmica.
Não há caos. Só o Silêncio.
Agora Sou Eu comigo.
Minha essência. Meu começo.
Sem amarras.Não sinto.
Não ouço. Pairo.
Fico assim, o que pareceu Infinitamente ...sem começo, nem fim.
Longe. Próximo. Mansidão.
Tudo faz sentido.
Não há questionamentos, apenas aceitação.
Se fosse traduzir, diria “liberdade”.
Respiro profundamente.Assumo o meu aqui e agora.
Volto.Estive comigo, o mais próximo que alguém pode chegar.
Estive só e, absolutamente pleno.
Sinto Gratidão.Abro os olhos.
Retomo o meu dia.”
(matéria para o Jornal Bem Estar)
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