quinta-feira, 27 de setembro de 2007
Fortalecidos
sexta-feira, 21 de setembro de 2007
Albert Einstein
Sutileza
terça-feira, 18 de setembro de 2007
Em Tempo
As sandálias cinziam-lhe os pés
Só Mais Tarde...
Templo Interno
sábado, 15 de setembro de 2007
Tarefa
“Querido amigo!
Bem-vindo à minha vida,
Bem-vindo em minha Caminhada.
Que possamos unir o magnetismo
Espiritual à tarefa Maior;
Que possamos ser um só
Instrumento – cordas separadas –
Notas unidas em uma mesma sinfonia.
Que a Verdade individual
Nos conduza à suprema realização
Do que entendemos por amar
Indistintamente.
Que no Silêncio de nossos
Corações
Tenhamos um pouco da imensurável
Compreensão e devotamento Daqueles
Que tentamos, hoje, seguir exemplos.
Que o entendimento se faça
Crescente,
Presente e vivenciado a cada momento
Nosso – do que é e do que será
A nossa dedidação ao Pai.
Que a ternura sentida hoje
Se faça elo de aço.
Que a brandura dos
Sentimentos
Contenha, eternamente, o Alto.
Que aos iguais seja dada
A oportunidade de troca, esperança
E confiança, sem dimensões.
Que se faça a Vontade do Pai,
Enquanto caminhamos
Sentindo as pedras, mas a suave
Brisa a nos envolver e anos dizer:
“sigam”.
Querido amigo,
Bem-vindo à minha vida,
Bem-vindo em minha Caminhada.
Jeito de Deserto I, II, III
Jeito de Deserto I
"Ondula o véu que oculta a face.A sandália nos pés marcam a areia que se move ao sabor do vento!
O sol escaldante não deixa dúvida é hora de parar, tomar do cantil e descansar à sombra da tamareira...
Não ouve mais o vozerio do acampamento.
Outro povo é sua caravana.
Sente-se só... A tribo já não lhe pertence.
Maktub.
Estava escrito.
Seguiria, agora...
Além das dunas!!! "
*
Jeito de Deserto II
Pele escura
Ombros largos
Olhos escuros e aveludados tirados de algum conto mouro,
quem esqueceria!
Vestia camisa preta, mangas largas.
Estava sentado.
Quando falou, sua voz retumbou por todo o acampamento:
- quem o fará? perguntou.
Parecia estar a tribo inteira reunida ao seu redor.
Ninguém falou. Ninguém moveu-se.
Abri caminho.
Na tenda central, era onde o clã reunia seus iguais.
- eu! respondi.
Silêncio.
Lentamente o mundo parava
Enquanto ele girava o corpo e seus olhos fitavam os meus!
Tremor. Calafrio. Reconhecimento.
Momento eterno.
Infinitamente terno, gravado na retina.
Memória carregada de areia
levada pelo vento!"
*
Jeito de Deserto III
" Cumpri o aprendizado.
Percorri suas margens, de templos em templos.
Fiz-me Conhecedor e Sabedor.
Humildemente sigo, agora, o Caminho.
Devo percorrer aldeias.
Sanar as dores.
Ouvir os corações.
Minha pequena bagagem é repleta de ervas, unguentos e talismãs.
Às vezes, cavalgo.
Noutras, deixo os pés ao contato quente da areia.
Sinto o frio do deserto à noite.
E olho as estrelas num azul mais lázuli que já vi!
Descanso o corpo, perto de antigas colunas, ruínas que me espreitam!
E deixo o espírito vagar...
Olho o horizonte.. distante...
e vislumbro...para muito depois...
meu destino além do Nilo! "
Os átomos dançam
Remova-me das profundezas e eleva-me ao alto, a Você.
Eu danço esta canção do silêncio.
E movimento meus pés pela música do cosmos.
Eu dirijo minha dança ao Paraíso
E sinto Seu sorriso me abençoando."
Bernhard Wosien
A noção de dança como cinestesia integrativa, é muito antiga e tem, através da história, numerosas expressões culturais, tais as danças órficas, as cerimônias tântricas ou as danças giratórias do Sufismo. O poeta Jatal-od-Rumi (siglo XIII) exclamava:
"Oh dia, levanta-te... os átomos dançam, as almas, arrebatadas de êxtase dançam, a abóboda celeste, a causa desse ser: a dança. Todos os átomos que há no ar e no deserto - compreendendo bem - estão apaixonados como nós, e cada um dos elos, se encontra deslumbrado por um sol de alma incondicionada."
Libertango
Letra: Horacio Ferrer
Música: Astor Piazzolla
LIBERTANGO
Recitado:
Mi libertad me ama y todo el ser le entrego.
Mi libertad es tranca a la cárcel de mis huesos.
Mi libertad se ofende si soy feliz con miedo.
Mi libertad desnuda me hace el amor perfecto.
Mi libertad me insiste con lo que no me atrevo.
Mi libertad me quiere con lo que llevo puesto.
Mi libertad me absuelve si alguna vez la pierdo
por cosas de la vida que a comprender no acierto.
Mi libertad no cuenta los años que yo tengo,
pastora inclaudicable de mis eternos sueños.
Mi libertad me deja y soy un pobre espectro.
Mi libertad me llama y en trajes de alas vuelvo.
Mi libertad comprende que yo me sienta preso
de los errores míos, sin arrepentimiento.
Mi libertad quisiera en el astro sin asueto
y el átomo recluso.
Ser libre!Que misterio!
En su vientre mi madre me decía:
Ser libre no se compra ni es dádiva o favor.
Yo vivo del hermoso secreto de esta orgía.
Si polvo fui y al polvo iría
soy polvo de alegría
y en leche de alma
premio mi libertad y mi olor.
CANTO
De niño la adoré, deseandola crecí,
Mi libertad: mujer de tiempo y luz
la quiero hasta el dolor y hasta la soledad.
RECITADO
Mi libertad me sueña con mis amados muertos.
Mi libertad adora a los que en vida quiero.
Mi libertad me dice de cuando en vez por dentro,
que somos tan felices como deseamos serlo.
Mi libertad conoce al que mató y al cuervo
que ahoga y atormenta la libertad del bueno.
Mi libertad se infarta de hipócritas y necios.
Mi libertad trasnocha con santos y bohemios.
Mi libertad es tango
de par en par abierto,
y es luz y cueca y lloro,
canción y romancero
Mi libertad es tango
juglar de pueblo en pueblo
y es murga y sinfonía
y es coro en blanco y negro
Mi libertad es tango
que baila en diezmil puertos
y es rock milonga y salmo
Es épera y flamenco
CANTO
De niño la adoré, deseandola crecí,
Mi libertad: mujer de tiempo y luz
la quiero hasta el dolor y hasta la soledad.
DANÇA
no espaço estendido á frente,
alongar-se,encolher-se,
rodopiar,
inclinar-se.
jogar-se em absoluta confiança
no Outro que a(m)para,
depois de centenas de ensaios...
Dançar é tocar música
com gestos,com os pés,
absolutamente sem voz,
na arrasadora maioria das vezes.
Dançar é interpretar com meneios
e oscilações impressionantes
ao nosso olhar supreso,
pois temos os pés no chão,
as nuances da mensagem,do enredo,
da palavra em das formas desenhadas
no espaço...
O corpo é o instrumento dos dançarinos:
suas mãos-libélulas,
suas mãos- borboletas,
suas mãos-colibris
escrevem versos no ar...
Seus pés com centenas de micro-fraturas,
seguem intinerários
que a cada instante
recomeçam
e recomeçam,
e se repetem...
A coluna é de borracha,de látex,de seda...
Curva-se,ancaixa-se,projeta-se.
e como dói,mas que importa,
se é o centro do soma?...
O rosto parece cheio de luz
e não revela os sofrimentos
nem os cansaços...
Há um sol em cadaum dos olhos,às vezes,um luar de ouro,
pois sempre brilham de prazer,
no vício sagrado
impossívelde desfazer
Já vi balerinos em cadeiras de rodas,
cada célula a vibrar,
como se fosse um palco
particular.
Já osvi com próteses de celulóide,em pleno vôo...
Já vi os que não mais podem
bailar,tornarem-se mestres,
para que osOutros possam dançar por eles...
Quemagnífica mensagem vemos nas sapatilhas
esfarrapadas e disformes,
que foram um dia de superfície lisa e brilhante,
cetim e forma...
Quantos já dançaram com pés sangrando,
joelhos inchados,microfraturas?
Quantos choravam lutos e perdas
enquanto sorriam?
O dançarino é feito de retalhos dos deuses,
lançados pela Terra,
para que não possam ser esquecidos
em sua divindade...
O dançarino tem um pouco de ave e de borboleta
ou libélula,ou pluma,ou floco de algodão,
ou pétala,ou poalha ,
a dançar na luz...
Clevane Pessoa de Araújo Lopes